Com tantos alimentos industrializados, muito mais práticos e às vezes até mais gostosos que as suas versões menos processadas, é difícil resistir à tentação. No entanto, quando temos filhos, a responsabilidade de cuidar da alimentação torna-se muito maior.
Pensando nisso, resolvemos falar um pouco sobre educação alimentar. Apresentamos resumidamente os hábitos alimentares de hoje em dia, como eles impactam no desenvolvimento das crianças e também trazemos os principais benefícios de se unir à família na busca por uma boa alimentação. Confira!
A alimentação dos brasileiros hoje
Segundo dados de uma pesquisa conduzida pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, quase 60% dos brasileiros com mais de 20 anos apresenta sobrepeso. A população feminina é a que mais sofre com isso, uma vez que, em 2013, 25,2% das brasileiras estavam obesas.
Sabendo que essa taxa quase dobrou em relação à pesquisa feita dez anos antes, podemos inferir que o aumento do poder de compra das famílias brasileiras não acompanhou o desenvolvimento de uma cultura alimentar saudável.
Nós também passamos a consumir cada vez mais alimentos ultra processados, o que não apenas tem impacto nos índices de obesidade e nas doenças a ela relacionadas, como também aumenta os riscos de câncer.
Especificamente sobre os riscos para as crianças, o sobrepeso na primeira infância não apenas aumenta as chances de se desenvolver obesidade na vida adulta, como também está ligado ao aumento do colesterol, da pressão arterial e mesmo de problemas de ordem psicológica, como a baixa autoestima e a depressão.
Os benefícios da educação alimentar
Em vista disso, trouxemos quatro argumentos para incentivá-la a começar imediatamente uma educação alimentar na sua casa. Conheça os benefícios!
1. Cuidar da saúde da sua família
A educação alimentar pressupõe apresentar às crianças, desde muito cedo, uma diversidade de alimentos saudáveis.
De um lado, isso equivale a dizer que uma boa alimentação pode prevenir patologias e infecções. De outro lado, a má alimentação pode trazer riscos e vícios alimentares para as pessoas que você ama. Em síntese, a educação alimentar pode ser compreendida como uma forma de cuidado muito importante para se ter com a sua família.
2. Incentivar as crianças a experimentar
Comer é a principal atividade relacionada ao paladar e ao olfato, dois sentidos que não costumamos empregar em muitas outras atividades, mas que, na primeira infância, por conta da amamentação, têm papel relevante na relação entre o bebê e a mãe.
Exemplos diários de uma alimentação colorida, equilibrada e saborosa com grãos, saladas, proteínas, criam naturalmente um hábito alimentar saudável. O paladar desenvolvido e a percepção prazerosa do sabor dos alimentos é um legado de saúde que se deixa para os filhos.
Incentive-os a experimentar novos sabores, combinações e texturas, para que eles continuem desenvolvendo esses sentidos ao longo da vida e sintam prazer no ato de comer. Com isso, é muito mais fácil que eles continuem buscando uma boa alimentação no futuro.
Apresentar um bom exemplo para os filhos
Um dos erros mais comuns na educação dos filhos é o famoso “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Lembre-se de que crianças são muito observadoras e não apenas se espelharão nos seus hábitos, como também absorverão os valores que baseiam as suas ações.
Portanto, ao desenvolver uma educação alimentar que envolva toda a família, você estará construindo um exemplo sólido de boa alimentação e fortalecendo o valor do cuidado consigo mesmo — benéfico até para a construção da autoestima. Além, é claro, de se afastar de uma perspectiva autoritária de educação.
Esperamos que o post de hoje tenha ajudado você a entender melhor sobre educação alimentar e a sua importância cada vez mais evidente.